Mundo
Parlamentares democratas visitam Havana e se reúnem com presidente cubano
HAVANA — Uma delegação de pelo menos três legisladores dos EUA visitou Havana e se reuniu com o governo de Cuba esta semana, confirmaram autoridades americanas e cubanas.
Os representantes James McGovern (D-MA), Mark Pocan (D-WI) e Troy Carter (D-LA) reuniram-se com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, líderes do congresso de Cuba e seu ministro das Relações Exteriores, disse a Embaixada dos EUA em Cuba ao The Associated Press no domingo.
É uma das poucas visitas à ilha nas últimas décadas. Enquanto as autoridades forneceram poucos detalhes sobre o que foi discutido, Díaz-Canel e o Congresso de Cuba tuitaram fotos das reuniões.
Uma foto mostra o deputado McGovern apertando a mão do líder cubano e outra mostra os políticos se reunindo com outras autoridades cubanas.
“Abordamos nossas diferenças e temas de interesse comum. Afirmamos nossa vontade de melhorar as relações bilaterais”, twittou Díaz-Canel no sábado, também observando que expressou a importância de acabar com o embargo comercial de seis décadas do governo dos EUA na ilha.
A reunião ocorre após uma série de visitas nos últimos meses de funcionários do governo Biden para discutir a migração. As negociações marcam um alívio gradual das tensões, que foram relaxadas durante o governo Obama e intensificadas no governo Trump.
Cuba enfrenta o maior êxodo da ilha em uma década, alimentado por crises econômicas, energéticas e políticas.
No ano passado, as chegadas de cubanos à fronteira EUA-México dispararam, e um número crescente de barcos lotados de migrantes foi encontrado na costa da Flórida.
Em outubro, os cubanos substituíram os venezuelanos como a segunda nacionalidade mais numerosa depois dos mexicanos que chegaram à fronteira. As autoridades norte-americanas pararam os cubanos 28.848 vezes, um aumento de 10% em relação ao mês anterior, mostram os dados mais recentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.
Também ocorre semanas antes dos planos dos EUA de retomar os serviços consulares e de vistos na ilha, que foram paralisados após uma série de incidentes de saúde envolvendo diplomatas americanos em 2017.