Política
PP e Republicanos tentam evitar multa de R$ 23 mi determinada por Alexandre de Moraes
Legendas fazem parte da coligação do presidente Jair Bolsonaro, que foi punida pelo ministro por litigância de má fé ao apresentar relatório contra lisura das urnas eletrônicas
Brizza Cavalcante/Agência Câmara
Claudio Cajado, presidente do Partido Progressistas (PP)
As assessorias jurídicas do partidos Republicanos e do Progressistas estão trabalhando para apresentar um recurso contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que impôs uma multa no valor de R$ 23 milhões para a coligação, da qual as duas legendas fazem parte junto do PL. A expectativa é de que os partidos argumentem que não foram consultados sobre a ação do Partido Liberal que pediu a anulação dos votos de mais de 279 mil urnas apenas no segundo turno das eleições. Ambas legendas também devem argumentar que, em nenhum momento, questionaram o resultado do pleito eleitoral de 2022. Em nota o presidente do PP, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) disse que Valdemar da Costa Neto (PL-SP), como representante da coligação, entrou com a ação, mas que ninguém teve nenhuma participação no processo e que essas legendas, PP e Republicanos, sequer foram intimados ou citados, e, por isso, não poderiam ser penalizados. Na última quarta-feira, 23, Moraes determinou a multa aos partidos que fazem parte da coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) por litigância de má fé. A ação foi elaborada pelo partido de Bolsonaro, mas foi feita em nome de toda a coligação, que inclui Republicanos e Progressistas. Depois da decisão de Moraes, o próprio PL divulgou uma nota na qual afirma que seguiu o que prevê a lei eleitoral e que vai recorrer da decisão do ministro.
*Com informações da repórter Iasmin Costa