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Presidente sérvio admite mobilização militar para o Kosovo
A prioridade é manter a paz, garantiu o presidente da Sérvia após convocar o conselho nacional face ao agravamento das tensões no Kosovo. Mas Aleksandar Vucic deixa o aviso: caso seja necessário, as suas tropas estão prontas a intervir para defender a comunidade sérvia que vive no território vizinho.
O chefe de Estado admite pedir luz verde à missão de paz da NATO para a mobilização militar de mil soldados para o norte do Kosovo, embora reconheça que não deverá consegui-lo.
A instabilidade tem vindo a aumentar desde que o governo kosovar proibiu a circulação de carros com matrículas sérvias anteriores a 1998. A detenção de um ex-polícia servo-kosovar, acusado de instigar a violência, inflamou ainda mais os ânimos.
Foram montadas várias barricadas com camiões para bloquear estradas. Foi registado também um ataque à granada contra a EULEX, a missão civil da União Europeia, sem consequências de maior.
O primeiro-ministro kosovar, Albin Kurti, considera os contestatários como “gangues criminosos”. As eleições autárquicas, marcadas para 18 de dezembro, foram adiadas para abril.
O Kosovo declarou a independência em 2008, mas nem a Sérvia, nem alguns países da União Europeia a reconhecem. Cerca de 90% da população é de origem albanesa, sendo que perto de 75 mil habitantes são sérvios.