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Protestos contra aumentos dos preços da eletricidade em Espanha
Em Espanha, agricultores, comerciantes e hoteleiros protestam contra o preço da eletricidade.
Embora o governo espanhol tenha baixado o IVA sobre a eletricidade de 21% para 5% e o preço da eletricidade tenha caído mais de 5% esta semana, a agricultura é um dos setores em risco.
Emilio Cueves, membro da comunidade de regadio de Carcer e Valle de Sellent em Valência refere: “Resumindo: no verão do ano passado pagámos cerca de 70.000 euros e este ano pagámos 247.000 euros até setembro”. (…) Estamos a falar do facto de que, na maioria dos casos, o agricultor está a vender com prejuízo”.
Em Espanha existem três milhões e oitocentos mil hectares de culturas de regadio e não é apenas a energia que penaliza os agricultores, como lembra Manuel Sancho: “Não é apenas a luz. É tudo o resto… fertilizantes… Tudo! Tudo”!
Em Madrid, os hoteleiros, que multiplicam os protestos, apagaram as luzes das esplanadas na terça-feira à noite durante cinco minutos, deixando os clientes no escuro, num gesto simbólico contra os preços da energia.
O porta-voz do setor, José Antonio Aparicio, pede ajudas públicas, referindo: Obviamente, este é um setor que ainda está a coser as suas cicatrizes após a pandemia e é um setor com pouca liquidez e pouca margem de manobra. Quando uma fatura, durante tantos meses, sobe 300 ou 350%, é óbvio que não vai poder pagá-la.
Consciente de que os aumentos dos preços da energia podem prolongar-se para além da primavera, o governo espanhol prepara outras medidas fiscais para mitigar o impacto.