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Setembro assinala o 50º aniversário do assassinato da equipa olímpica israelita em Munique
Setembro assinala o 50º aniversário do assassinato da equipa olímpica israelita em Munique. Os jogos que tinham começado de forma tão colorida e moderna terminaram num terrível banho de sangue – perante os olhos do mundo.
Gábor Bencze, nascido em 1936, um entusiasta do desporto e engenheiro na televisão, estava no local na altura a trabalhar e relembra o verão mais comovente da sua vida. “Dizendo que o “estúdio estava quase em frente ao edifício onde tudo aconteceu. Conta que uma câmara foi imediatamente colocada no telhado, filmando a famosa varanda onde estava o terrorista. Até que alguém se apercebeu que o que estavam a ver tinha sido introduzido na distribuição da TV por cabo a partir do Parque Olímpico. Por conseguinte, os “terroristas viram-se no ecrã e sabiam exactamente o que era sabido sobre eles”.
A tentativa de libertar os reféns falhou de forma terrível. A polícia não estava preparada para tal operação terrorista. Os jogos foram interrompidos por um curto período de tempo e depois retomados. A testemunha adianta ainda que: “todo o clima de alegria acabou abruptamente, mas que os atletas, focados passaram com suas competições. E que na televisão, continuaram transmitir o que se estava a passar.
Os familiares das vítimas lutaram durante décadas pela responsabilização dos alemães e por uma indemnização adequada. Inicialmente tinham descartado a participação nas comemorações deste ano. Mas p oucos dias antes do 50º aniversário, o governo federal e representantes das famílias chegaram a acordo sobre uma indemnização no valor de, aproximadamente, de 28 milhões de euros – provavelmente também para abrir caminho à participação nas comemorações.