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Política

Teremos a CPI do abuso de autoridade até o início de 2023, afirma Bia Kicis

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Teremos a CPI do abuso de autoridade até o início de 2023, afirma Bia Kicis

Parlamentar disse lutar contra o tempo para instalar a comissão que visa investigar ministros do Judiciário ainda em 2022, mas que, se não for possível, certamente deverá ocorrer após a virada do ano e da legislatura

Reprodução/Jovem Pan News/Jornal da Manhã

Bia Kicis em entrevista para o Jornal da Manhã nesta sexta-feira

O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) protocolou um pedido de abertura de comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar suposto abuso de autoridade do judiciário, com foco no Superemo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para falar sobre o assunto, a também deputada federal Bia Kicis (PL-DF) concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 25. Segundo ela, a maior dificuldade da instalação da CPI neste momento é o tempo hábil para fazê-lo e os regimentos internos que precisam ser cumpridos. “Com certeza, se a gente não conseguir agora… eu vi a mídia dizendo que o Arthur Lira falou que não vai pautar… Não é verdade. A gente tem conversado. O Arthur Lira conversou inclusive com o Marcel. O Marcel explicou o que está acontecendo. O que nós temos que fazer é correr atrás de superar os trâmites regimentais. Eu tenho certeza que, se não for agora, no início do ano, na nova legislatura, nós teremos essa CPI e outras ações“, disse a parlamentar.

A deputada afirmou que a CPI será importante por poder funcionar como um recado para a população brasileira de que os legisladores estão insatisfeitos com o Judiciário. “A CPI é um dos caminhos. Existem vários outros. Mas o importante é que a gente já passe o recado de que nós, parlamentares, não estamos satisfeitos com o que está acontecendo, com os abusos de autoridade, que não têm sido e há muito tempo. Talvez a gente tenha até demorado, mas acontece que a escalada tem sido contínua nos abusos de autoridade. A CPI é um caminho, a gente sabe que os ritos regimentais não permitem muita celeridade (…) estamos lutando contra o tempo, mas não vamos desistir”, pontuou.

Questionada sobre os outros caminhos possíveis que citou, além da CPI, Kicis elencou a intenção do PL de tentar eleger o próximo presidente do Senado Federal. “Sem dúvida, uma das pautas mais importantes. Infelizmente, o Senado se acovardou. A gente tem alguns bravos senadores que ficam o tempo todo fazendo audiências públicas, convidando ministros do Supremo [para serem ouvidos], e eles não vão até lá, eles têm se recusado a conversar com os senadores, abrindo pedidos de impeachment [contra ministros do judiciário], que qualquer cidadão pode fazer, eu mesma sou autora de vários. A gente acompanhou pedidos de impeachment muito bem fundamentados contra o senhor Alexandre de Moraes. Agora [esses senadores] entraram com um pedido contra o ministro Barroso. Só que a gente sabe que enquanto o Rodrigo Pacheco tiver à frente daquela casa, nada disso irá prosperar. Então, nós precisamos eleger um presidente do Senado de coragem para fazer o seu papel. Hoje em dia fazer o que tem que ser feito está demandando uma coragem incrível. Graças aos desmandos, ameaças e abusos de autoridade. Um presidente do Senado que coloque um pedido de impeachment para análise já fará um grande serviço ao Brasil”, comentou.

“Há pouco tempo, não existia uma direita no Brasil. Essa direita está se formando, se organizando, e tem mostrado um sentimento de patriotismo muito grande. Então, a gente pede que não percam a fé no Brasil e que cobrem de seus parlamentares. Os cidadãos precisam se manter ativos, porque tudo o que nós estamos passando hoje também se deve ao fato de termos ficado ausentes da política por tanto tempo, acreditando que política é lugar de bandido, que pessoas de bem não deveriam se envolver. Nós somos doutrinados com essas ideias, exatamente para deixar o campo livre. E a esquerda dominou esse campo por muito tempo. Precisamos estar atentos e atuantes, não só na política partidária, como parlamentares, como precisamos estar atentos em todas as instituições. Precisamos de juízes de direita, promotores de direita, professores de direita, os pais precisam acompanhar seus filhos nas escolas, para impedir essa doutrinação. Essa é a hora de darmos as mãos e continuarmos lutando pelo nosso Brasil. Não podemos desistir”, finalizou Bia Kicis.

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Redação

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