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Termómetros sobem na Península Ibérica e as chamas voltam a ameaçar Portugal

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Termómetros sobem na Península Ibérica e as chamas voltam a ameaçar Portugal

O calor que parece não dar tréguas à Europa chegou para ficar à Península Ibérica. Em Espanha, as altas temperaturas colocaram a maior parte das comunidades em alerta. Andaluzia e Extremadura, já habituadas a estas vagas, voltam a ser as principais vítimas. Uma massa de ar quente e seca proveniente de África promete não dar descanso nos próximos dias.

As previsões apontam para uma subida das temperaturas máximas acima dos 35° Celsius, ao longo da semana. Em muitas cidades ibéricas, os termómetros vão ultrapassar os 40° Celsius.

Novos máximos de temperatura aumentam risco de incêndios

O aumento das temperaturas, que é cartografado na União Europeia através do seu Programa de Observação da Terra, Copernicus, deixa antever dias difíceis sobretudo na Península Ibérica.

No mapa disponibilizado para esta semana, é visível que uma parte significativa do território português está a roxo, cor que representa o maior risco de deflagração de incêndios.

Portugal em situação de contingência

Com os termómetros a prometer novos máximos, sobretudo nas regiões de de Vale do Tejo e Alentejo, onde vão atingir mais de 45º Celsius, Portugal entra esta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, em situação de contingência, que se deverá manter até pelo menos ao final da semana.

O estado de contingência, segundo o Governo, implica “o imediato acionamento de todos os planos de emergência e proteção civil nos diferentes níveis territoriais”, a passagem ao estado de alerta especial de nível vermelho do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), para todos os distritos, com mobilização de todos os meios disponíveis, e “o reforço do dispositivo dos corpos de bombeiros com a contratualização de até 100 novas equipas, mediante a disponibilidade dos corpos de bombeiros”.

Durante este período, prevê ainda aLei de Bases de Proteção Civil, ficam também estabelecidas:

  • Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, previamente definidos nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem,
  • Proibição da realização de queimadas e de queimas de sobrantes de exploração;
  • Proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios rurais;
  • Proibição de realização de trabalhos nos demais espaços rurais com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal;
  • Proibição da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas.

Desde sexta-feira, mais de 300 incêndios deflagraram no país.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), os fogos dos últimos dias em Portugal continental obrigaram já à evacuação em nove aldeias e terão consumido cerca de 2.500 hectares,

Suspeitas de crime em Itália

Também Itália sofre com a propagação das chamas em Roma.

Uma chuva de cinzas tem-se abatido sobre a cidade, onde o presidente local, Roberto Gualtieri, não poupa nas palavras. De acordo com o autarca, os múltiplos incêndios ao longo do último mês têm origem criminosa.

Fonte oficial da notícia

Redação

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