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Ucranianos na Moldávia: calorosamente acolhidos, mas sonham voltar a casa

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Ucranianos na Moldávia: calorosamente acolhidos, mas sonham voltar a casa

Encravada entre a Roménia e a Ucrânia, a Moldávia é um dos países mais pobres e mais pequenos da Europa, com uma população de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas.

No entanto, isto não a impediu de acolher cerca de 100 mil refugiados ucranianos, muitos dos quais são mulheres e crianças.

A moldava Svetlana Berezovskaya está a acolher uma mãe e os seus dois filhos que fugiram da guerra. “É assustador”, explica. “Quando se tem filhos, é muito assustador. Por isso, é preciso ajudar de alguma forma”.

Como a muitos moldavos, o conflito na Ucrânia fez Svetlana refletir sobre a vulnerabilidade do seu próprio país.

Há vários grupos pró-russos na Moldávia, particularmente na Transnístria, uma região separatista oriental. Isto, juntamente com uma grave crise económica, contribuiu para a instabilidade no país e para a demissão da primeira-ministra pró-ocidental Natalia Gavrilita no início deste mês.

Muitos moldavos vivem com medo de um ataque russo e estão interessados em ajudar aqueles que veem como seus aliados.

Constanta Dohotaru é a coordenadora do programa da Moldávia pela Paz, uma ONG que presta assistência aos refugiados ucranianos.

Conta-nos: “A guerra começou, acordámos todos com uma enorme ansiedade e decidimos que o mínimo que podemos fazer é juntarmo-nos e tentar oferecer o apoio que pudermos”.

Jennifer Perova é uma ucraniana empregada pela Moldávia pela Paz: “Fiquei impressionada com a sinceridade com que as pessoas querem ajudar os outros”, diz. “É por isso que, assim que cheguei à Moldávia, comecei a procurar algumas opções onde pudesse também ajudar outros”.

Na aldeia de Palanca, na fronteira ucraniana, o ponto de passagem é relativamente sossegado. No entanto, durante o auge da crise, até 13.000 pessoas chegavam aqui todos os dias.

Em janeiro de 2023, o governo moldavo concedeu o estatuto de proteção temporária a todos os refugiados ucranianos. Isto garantirá um futuro mais estável para eles, com direitos automáticos a habitação, cuidados de saúde, educação e trabalho.

Mas apesar desta garantia, a maioria sonha com o lar.

É o caso de Iduard Mihay, um ucraniano que vive na aldeia moldava de **Costesti: “**Se Deus quiser, tudo acabará depressa. Os nossos pais, as nossas casas estão lá, tudo está lá. Por isso, vamos esperar. É apenas uma questão de tempo”, conta.

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Redação

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