Cidades
Webconferência da Prefeitura de Manaus fortalece acesso de mulheres ao Serviço de Diagnóstico de Câncer de Mama
Webconferência da Prefeitura de Manaus fortalece acesso de mulheres ao Serviço de Diagnóstico de Câncer de Mama
19/10/2022 18h30
Uma webconferência promovida pela Prefeitura de Manaus, na tarde desta quarta-feira, 19/10, discutiu o fluxo do Serviço de Referência para o Diagnóstico de Câncer de Mama (SDM), gerenciado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). A atividade foi direcionada aos profissionais da Semsa, com intuito de aprimorar e fortalecer o acesso das mulheres ao SDM, inaugurado pelo prefeito David Almeida em fevereiro deste ano.
O encontro virtual integra a programação do “Diálogos na Atenção Primária à Saúde (APS)”, estratégia da Semsa para promover a capacitação permanente dos servidores, todas as quartas-feiras. Os participantes puderam esclarecer dúvidas sobre o fluxo do SDM, encaminhamento de usuárias, Sistema de Regulação (Sisreg), entre outros.
A enfermeira Thais Oliveira, que atua no SDM da Policlínica Djalma Batista, no bairro Compensa, zona Oeste, explicou que o serviço é uma estratégia que oportuniza o diagnóstico precoce do câncer de mama, e aumenta as chances de cura da mulher, pois ela inicia o tratamento quando a lesão ainda está pequena.
“É muito importante a gente estar aqui hoje tirando essas dúvidas e capacitando novamente os profissionais da ponta, porque todo esse trabalho começa nas UBSs, quando os médicos e enfermeiros fazem a captação oportuna e detectam exames suspeitos de câncer”, disse.
A enfermeira pontuou que o SDM, que disponibiliza a biópsia de lesões alteradas na mama, reduz a lotação da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon), pois apenas as mulheres com o diagnóstico de câncer são encaminhadas à fundação. Além disso, as pacientes iniciam o tratamento com a lesão ainda pequena, tornando-o menos agressivo.
Regulação
A médica oncologista Sônia Nogueira, do Complexo Regulador do Amazonas, ressaltou aos participantes da webconferência a importância do preenchimento correto e completos dos procedimentos no Sistema de Regulação (Sisreg) para agilizar o encaminhamento das pacientes.
“Hoje, pudemos reforçar junto aos servidores da Semsa como as solicitações devem ser feitas no Sisreg para que cheguem corretamente ao complexo regulador e a gente possa analisar de maneira efetiva e ágil. Estamos enfatizando que no caso das ultrassonografias e mamografias, é preciso inserir a classificação do BI-RADS (de zero a seis) para o médico regulador definir o tipo de procedimento que a paciente vai realizar”, contou.
O farmacêutico Rafael Brito, coordenador técnico do Laboratório do Hospital Delphina Aziz, explicou que a unidade recebe as amostras biopsiadas para realização do exame histopatológico, que permite identificar se a lesão é cancerígena ou não.
“Hoje, viemos passar aos servidores, o fluxo de encaminhamento e recebimento dessas amostras para que a gente consiga agilizar o processo. Depois que recebemos a amostra, temos 30 dias para entregar esse laudo ao SDM, onde o médico mastologista poderá dar o diagnóstico ao paciente e encaminhá-lo para o tratamento efetivo”, afirmou.
Acolhimento
A enfermeira Jane Batista, que atua no SDM da policlínica Castelo Branco, no bairro Parque 10, zona Centro-Sul, destacou que as mulheres com lesões suspeitas não ficam “soltas” no sistema, pois elas recebem todas as orientações, encaminhamentos e acompanhamento pelo município.
“As mulheres que tiverem lesões suspeitas de câncer de mama, detectados pelo médico da UBS, são encaminhadas via Sisreg ao SDM. Chegando lá, essa usuária é acolhida por nós enfermeiros, que explicamos como funciona a biópsia, deixamos ela informada sobre tudo, ouvimos essa usuária, até que ela é encaminhada para o médico mastologista coletar a amostra. Logo após, ela recebe as orientações finais e vai aguardar o nosso retorno para receber o diagnóstico”, detalhou Jane.
A enfermeira acrescentou que o diagnóstico é dado pelo médico mastologista do SDM, que já orienta essa mulher sobre o tratamento que deverá ser feito.
“Essa paciente não fica solta, a gente faz todo encaminhamento, o enfermeiro a mantém sempre informada, e a gente fica com a porta aberta para ela retornar a qualquer momento. Se for caso positivo de câncer, ela é encaminhada à FCecon. Em outros casos, se o médico indicar outros procedimentos, a gente também encaminha e fica rastreando todo o processo dela dentro da rede”, pontuou.
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Texto – Victor Cruz / Semsa
Foto – Divulgação / Semsa