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Zelenskyy visita Kherson. Kremlin diz que ainda faz parte da Rússia
Em Kherson, cidade estratégica do sul da Ucrânia recuperada após vários meses de ocupação russa, canta-se vitória, mas a realidade começou a trazer à tona muita tristeza.
A visita surpresa do presidente ucraniano, esta segunda-feira, à região retomada por Kiev provocou um misto de emoções.
Para Volodymyr Zelenskyy, a libertação da cidade é “o início do fim da guerra”, mas o presidente da Ucrânia deixou ressalvas: “não foi tão agradável quando vi o número de casas destruídas, o número de cafés comuns destruídos. Foi isso que a Federação Russa fez no nosso país: mostrou ao mundo inteiro que pode matar. Mas todos nós, as nossas Forças Armadas, a nossa Guarda Nacional, os nossos serviços de inteligência mostrámos que é impossível matar a Ucrânia.”
O Kremlin insiste que Kherson ainda faz parte da Rússia, apesar da visita de Zelenskyy e da saída das tropas russas.
Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, disse: “não comentamos esta visita. Sabemos que é o território da Federação Russa.”
Já o secretário-geral da NATO fez comentários. Em Haia, Jens Stoltenberg lembrou que é importante ter cautela: “os próximos meses serão difíceis. O objetivo de Vladimir Putin é deixar a Ucrânia ao frio e às escuras este inverno. Por isso, devemos manter o curso.”
A retirada das tropas russas de Kherson deixou a nu um rasto de destruição em infraestruturas críticas.
O prenúncio de dias difíceis pela frente, apesar de nesta fase a alegria deixar quase todos indiferentes ao frio de rachar.