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Guerra na Ucrânia entra numa nova fase
A guerra entrou numa nova fase. As autoridades ucranianas anunciaram o início da tão esperada contraofensiva, após semanas de ataques destinados a cortar as linhas de abastecimento das forças russas em Kherson, no sul, e a destruir armazéns e postos de controlo russos.
Há mais de seis meses que a Ucrânia tem travado, praticamente, apenas batalhas defensivas nesta área, com alguns dos combates mais intensos a acontecerem a leste, no Donbass, e a sul, em direção a Kherson.
No início de julho, o ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, disse que o Presidente Zelensky ordenou aos militares que libertassem o sul da Ucrânia, capturado e ocupado nos primeiros dias da invasão russa em larga escala.
Oficiais ucranianos afirmam que as suas forças já entraram pelas primeiras linhas de defesa russas em áreas da província de Kherson que não revelaram e também não confirmam a libertação de quaisquer povoações. Na realidade, as autoridades estão a ser, extremamente, cautelosas com as informações que revelam sobre a contraofensiva em curso.
No entanto, há dois aspetos importantes já confirmados. O primeiro é que esta não é uma batalha por Kherson. É uma batalha pelo o sul da Ucrânia. A porta-voz do comando sul, Natalia Humeniuk, afirmava que começaram “ações ofensivas em várias direções”, “incluindo na região de Kherson”. O segundo é ter-se consciência de que a contraofensiva vai prolongar-se. Um conselheiro de alto nível do presidente ucraniano, Oleksiy Arestovych, adiantava que “esta é uma operação lenta, planeada, para desgastar o inimigo… Portanto, temos de ser pacientes. O processo não será rápido, mas irá terminar com o hastear da bandeira ucraniana em todas as terras da Ucrânia”.